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Além de democrática, a arte do rock’n’roll é surpreendente em seus mais manjados clichês. Vocês sabem, quando moleques, eu e os Mickey Junkies entramos nessa de sermos uma banda. Durante anos aprontamos das nossas, conquistamos algumas gloriazinhas, nos metemos em adoráveis roubadas masters, praticamos excessos, tornamo-nos cult (informam os estudiosos dos 90) e acabamos com a banda - afinal, lemos as cartilhas Caminho Suave do Barulho e ABC do Roquenrow. Passados dez anos, nos reencontramos, declaramos amor mútuo nas internas e desde 2007 temos aprontado de novo. A retomada dos trabalhos agora passa por um momento agradabilíssimo: estamos em estúdio, mais precisamente no Estúdio Bonham, capitaneado pelo querido Ronaldo Rossato. Temos gravado ali novas canções, reinterpretações de composições antigas - que não tiveram registro - e o escambau. Está divertido. Elas devem ver a luz do dia logo, logo no nosso MySpace – olha que modernos! Outra coisa que nos anima é nosso nome na escalação do Goiânia Noise Festival. Nos apresentamos no dia 21 de novembro em honrosa divisa de palco com Vaselines, Frank Jorge, Continental Combo, Canastra, Marcelo Camelo e outra meninada boa (confira a programação completa). O mais curioso é que por anos eu estive certo de que nunca mais gravaria algo ou me apresentaria com os Mickey Junkies. Surpresa dia-a-dia.
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