Pular para o conteúdo principal

Sobre guitarras


Ao término da comovente estreia do documentário "Guitar Days - An Unlikely Story of Brazilian Music", no CineSesc, em São Paulo, em meio à programação do In-Edit Brasil, na tarde deste sábado, 15, houve um bate-papo. Lá estávamos eu, o diretor Caio Augusto Braga, o produtor associado Magoo Felix e a psicanalista e jornalista Amanda Mont'Alvão, do site Sounds Like Us. Sob impacto das imagens, falei sobre laços de afetividade, de identidade brasileira (preta, indígena, europeia, asiática, LGBT, alienígena, o que queiramos que ela seja) e de devoção à arte. E dos problemas da terra em transe com relação à própria memória. Fui aplaudido. Ao que eu agradeço imensamente. Passada a experiência fortíssima, permaneci na sala de cinema e assisti à sessão posterior: “O Barato de Iacanga”, de Thiago Mattar. Entre tantos outros momentos incríveis, há a sublime aparição de João Gilberto, interpretando “Wave”, de Tom Jobim, numa das edições do Festival de Águas Claras. Cem mil malucos beleza alucinando calmamente diante do gigantesco – e aloprado - artista. Episódio inexplicável. Com a chegada da noite, tomei o rumo do Sesc Pompeia para testemunhar o show de lançamento do novo álbum dos Pin Ups, "Long Time No See". Reminiscências, os dias correntes e o porvir no palco e na plateia de um show de rock. Em ocasiões repletas de significados como a de anteontem, uma das máximas de Nelson Rodrigues sempre vem à mente: “Jovens, envelheçam”. Afinal, punk sênior - como um dia me definiu o meu pai, Ricardo Aparecido Dias -, tenho 46 anos. Foto: Mila Maluhy

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Ah, "Picardias estudantis"

Phoebe Cates: intérprete, entre outras, da inesquecível sequência da piscina Noite dessas, eu revi Picardias estudantis (1982), cujo título original, só pra constar, é Fast times at Ridgemont High . Não assistia ao filme, escrito por Cameron Crowe e dirigido por Amy Heckerling, há muitos anos e tive, claro, ótimos momentos diante da tela. Sobretudo por ter a produção um daqueles, como diria o rei Roberto, meus amores da televisão: a atriz Phoebe Cates. No papel da sensualíssima Linda Barrett, Cates, à beira da piscina, em seu biquíni vermelho, é uma das imagens mais encantadoras já produzidas em toda a história do cinema. Feito aqui o registro, voltemos à nossa programação normal.

Executivo e produtor, Marcos Maynard fala de rock, indústria fonográfica, processos e cores

O empresário Marcos Maynard durante encontro de mídias sociais em São Paulo. Foto: Ricardo Matsukawa/Terra Em 2011, fui sondado por uma revista para ser o redator de uma entrevista já feita por outro jornalista. Havia o registro de uma longa conversa entre o repórter e Marcos Maynard, ex-presidente de grandes gravadoras entre os anos 1980 e 2000 e, atualmente, dono do passe do Restart, do CW7, entre outras. Aceitei a encomenda. Entrei em contato com o colega de ofício, sujeito de quem sempre admirei o trato com as palavras, e combinamos dele me enviar o arquivo por e-mail. Ao chegar na minha caixa de mensagens, o link do dito cujo só apresentava os dois primeiros minutos de diálogo. Novo envio, mesmo erro. Tentamos outro desses serviços estrangeiros de compartilhamento. Nada. Fui à casa do jornalista – início de noite agradável, temos diversos amigos em comum, mas não nos conhecíamos pessoalmente. Ele salvou e me deu o material em pen-drive. Mas, de novo, lá estavam só os mesmos dois...