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É bravo

Capa da última edição da revista "Bravo!", que chega às bancas na segunda- feira, 5

Colaborei com a revista “Bravo!” entre 2003 e 2006. Durante aquele período, assinei alguns dos textos que mais gosto de ter batucado na vidinha. Entrevistas com Linton Kwesi Johnson e Ry Cooder, artigos sobre o dub jamaicano, a melancolia aplicada à música linda (lembro que o longo escrito começava com Tindersticks, passava por Tim Buckley e Beth Gibbons, entre outros, e terminava com uma citação de “A flor e o espinho”, da tríade explosiva formada por Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito e Alcides Caminha). Houve ainda batuques sobre a, até então “desconhecida”, guitarrada paraense, e, acho, punk rock. Agora, a exemplo de outros títulos da editora Abril, a “Bravo!” sai de cena. E eu lamento profundamente tal desaparecimento. Por aqui, recordações e o desejo de boníssima sorte aos demitidos.

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Escovinha ou função, um breve estudo sociológico

'Back in black' (1986), do Whodini; “I’m a ho!” é a quarta faixa do álbum Dia desses, no Facebook, o amigo Neco Gurgel postou uma música do Whodini, a clássica “I’m a ho!”. Nos bailes black de periferia, o refrão da faixa era conhecido e sobretudo cantado como “Desamarrou (e não amarrou)”. Paródias do tipo eram bastante comuns naqueles tempos, final dos anos 1970, começo dos 1980. Na tradução marota da rapaziada, o funk "Oops upside your head", da Gap Band, por exemplo, ficou informalmente eternizada como "Seu cu só sai de ré". Já “DJ innovator”, de Chubb Rock, era “Lagartixa na parede”- inclusive gravada, quase que simultaneamente, por NDee Naldinho, em 1988, como “Melô da lagartixa”. A música do Whodini, lançada em 1986, remete a um fenômeno que tomou as ruas do centro de São Paulo, e periferias vizinhas, antes da cultura hip hop se estabelecer de fato: o escovinha, também chamado de função. Em “Senhor tempo bom”, de 1996, os mestres Thaíde & DJ Hu