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A mudança de visual do Ovelha e a lembrança de um causo




Ovelha e Julinho do Carmo durante a transformação capilar. Fotos: Divulgação


Saiu em todo lugar: dia desses, o cantor Ovelha, famoso por sua cabeleira revolta, fez uma escova progressiva de algas marinhas, com aplicação a laser e sem formol. O procedimento tem a assinatura do cabeleireiro Julinho do Carmo, profissional das madeixas que utilizou no intérprete de "Te amo, o que mais posso dizer (mais conhecida como "Sem você não viverei") a mesma técnica empregada em Carla Perez. Mudança de impacto essa. Ficou legal, até. Tudo vale, vale tudo. Diante das manchetes nos portais de entretenimento, lembrei de um causo.

Certa vez, no auge da psicodelia dos anos 1990, eu e uns amigos voltávamos do after hours no Hell’s Club, em São Paulo, domingo, por volta das 11 da manhã, meio-dia. Amontoados no interior de um Gol azul escuro, seguíamos pela rua Estados Unidos quando, de repente, num dos cruzamentos que nos levaria à avenida Rebouças, um carrão invocado pára ao nosso lado. Estávamos bastante, digamos, animados e, ao olharmos em direção ao veículo, demos de cara com o Ovelha no banco do passageiro.

Adoramos a imagem - afinal, também fomos entretidos pelos programas de auditório da TV e pela programação das rádios AM -, saudamos o cara e ele, em retribuição, mandou um sonoro “Uaaaau, rock’n’rolllll!” enquanto balançava a cabeleira ainda crespa e fazia chifrinhos com as mãos. O semáforo abriu, o automóvel que o transportava arrancou e nós fomos obrigados a estacionar o nosso carro um pouco depois da faixa de pedestres. Decididamente, a intensidade da crise de riso coletiva que nos tomou fez com que a nossa volta para casa fosse atrasada em uns bons minutos - ou horas.

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