Pular para o conteúdo principal

Speedfreaks (1973-2010)

Cláudio Márcio de Souza, o rapper Speedfreaks: perda lamentável

Péssima notícia essa da morte do meu amigo Speedfreaks. Era um dos MCs mais singulares do Brasil – já falei isso aqui, em jornal, em revista, na firma - e estava produzindo em ritmo frenético ultimamente. Nos falamos ainda na semana passada sobre mais uma das músicas que ele havia estreado no site Speedshits. Assassinado. Corpo encontrado num valão de rua, em Niterói. Que coisa mais triste. Vai na paz, Speed.

Comentários

DJREX disse…
Falar de Claudio Marcio é voltar ao passado, antes dele se autodenominar "Speed Freaks"...Corria o ano de 86, eu estava de volta ao Rio, mas precisamente Niterói, depois de passar alguns anos no nordeste, morava no centro, e andava de skate, freestyle, foi qndo tive meu primeiro contato com aquele maluco estiloso. Ele tinha uma cabeleira enorme e loira(!!!), isso mesmo o Speed tinha o cabelo oxigenado nessa época, e conversando com ele, deu para ver que o maluco era inteligente e com um temperamento que mais tarde faria jus ao speed do seu codinome...Muitos anos se passaram, e Claudio se tornou um exímio baixista, tocando tbm outros instrumentos...Mas em nenhum momento, cheguei a pensar q ele viraria Rapper, ja q o proprio gostava muito de um som mais funkeado com rock, Red Hot, Suicidal e etc...Na cena local, foi crescendo no underground e fazendo parceria com meu camarada Black Alien...Inteligente, com uma personalidade forte, talvez não tenha ficado mais famoso pq não o quisesse, gostava de ser underground, de ter esse contato com as ruas, sem ter q ser incomodado por ninguem, tipo celebridade...Devo dizer-lhes que considero a dupla com Black Alien, uma das melhores ou quiçá a melhor do Brasil, diante das dificuldades e do amadorismo inicial. Fecho por aquí, relembrando com tristeza a última vez em q ví e apertei sua mão: Foi na sua Nikiti querida, onde tombou covardemente assassinado por um traficantezinho de merda, mas precisamente na Cantareira, passei no Bar São Dom Dom, apos ter tocado no Convés (Sou DJ), q o ví pela ultima vez...Ainda sobre sua morte, já ouví populares dizerem q ele foi morto pq falou alguma besteira para o tal traficante de merda, e q o infeliz o alvejou à quiema roupa, matando inclusive um outro rapaz q tinha chegado ao mesmo tempo q ele...Claudio Speed Freaks, vc é imortal, seus amigos NUNCA o esquecerão, quem te conhece sabe q era boa pessoa, apesar do estilo rapper um pouco ameaçador, nós o amamos, amigo, e serás sempre lembrado...OBRIGADO POR TUDO, PELA SUA OBRA, PELA SUA AMIZADE, DESCANSE EM PAZ AMIGO, NÒS DE NITERÓI O REVERENCIAMOS...SALVE CLAUDIO, SALVE SPEED FREAKS!!!!! IMORTAL!!!!
rodrigo carneiro disse…
Nunca mesmo, DJREX. Belo relato. É como eu tenho dito aos que tiveram o privilégio de conviver com o Speed, vamos celebrar os bons momentos ao lado dele. E foram vários bons momentos. R.I.P. Abraço.

Postagens mais visitadas deste blog

Escovinha ou função, um breve estudo sociológico

'Back in black' (1986), do Whodini; “I’m a ho!” é a quarta faixa do álbum Dia desses, no Facebook, o amigo Neco Gurgel postou uma música do Whodini, a clássica “I’m a ho!”. Nos bailes black de periferia, o refrão da faixa era conhecido e sobretudo cantado como “Desamarrou (e não amarrou)”. Paródias do tipo eram bastante comuns naqueles tempos, final dos anos 1970, começo dos 1980. Na tradução marota da rapaziada, o funk "Oops upside your head", da Gap Band, por exemplo, ficou informalmente eternizada como "Seu cu só sai de ré". Já “DJ innovator”, de Chubb Rock, era “Lagartixa na parede”- inclusive gravada, quase que simultaneamente, por NDee Naldinho, em 1988, como “Melô da lagartixa”. A música do Whodini, lançada em 1986, remete a um fenômeno que tomou as ruas do centro de São Paulo, e periferias vizinhas, antes da cultura hip hop se estabelecer de fato: o escovinha, também chamado de função. Em “Senhor tempo bom”, de 1996, os mestres Thaíde & DJ Hu