Nick Cave e PJ Harvey: romance e baladas assassinas nos anos 1990
Assistindo à cerimônia de premiação do VMA 2011 (Video Music Awards), realizada neste domingo, 28, no teatro Nokia, em Los Angeles, EUA, lembrei de uma passagem envolvendo Nick Cave e a MTV norte-americana. Corria o ano de 1996 e o cantor e compositor australiano acabara de lançar o álbum Murder Ballads, disco foda inspirado por crimes de paixão. O álbum trazia participações especiais da Madonna australiana Kylie Minogue, em "Where the Wild Roses Grow,"; PJ Havey, à época namorada de Cave, na belíssima "Henry Lee"; Shane MacGowan, ex-The Pogues, Anita Lane, entre outros bambas, em versão de "Death Is Not the End", canção de Bob Dylan. Publicações com The New York Times, NME e Melody Maker saudaram o registro como um dos melhores do ano e Cave, sempre dado às sombras da indústria cultural, viu seu nome indicado ao prêmio de Melhor Artista Masculino e o clipe de "Where the Wild Roses Grow" em alta rotatividade, inclusive liderando os Top Ten, na emissora musical. Desconfortável com a natureza competitiva do evento, Cave redigiu uma carta. Em linhas gerais, agradecia o suporte que lhe fora oferecido pela MTV até ali, a atenção dispensada ao disco, aos duetos, e a execução generosa do clipe, mas pedia que sua indicação fosse retirada da premiação. Àquela e outras que pudessem vir no futuro. “Minha música é única e individual. Ela vai além dos reinos habitados por aqueles que querem reduzir as coisas a simples medições. Não estou competindo com ninguém”, escreveu ele. “A relacão que tenho com a minha ‘musa’ é delicada, e sinto que é meu dever protegê-la de influências que podem ofender sua natureza frágil”, continua. Eis aqui a íntegra do escrito. É uma ótima leitura.
Assistindo à cerimônia de premiação do VMA 2011 (Video Music Awards), realizada neste domingo, 28, no teatro Nokia, em Los Angeles, EUA, lembrei de uma passagem envolvendo Nick Cave e a MTV norte-americana. Corria o ano de 1996 e o cantor e compositor australiano acabara de lançar o álbum Murder Ballads, disco foda inspirado por crimes de paixão. O álbum trazia participações especiais da Madonna australiana Kylie Minogue, em "Where the Wild Roses Grow,"; PJ Havey, à época namorada de Cave, na belíssima "Henry Lee"; Shane MacGowan, ex-The Pogues, Anita Lane, entre outros bambas, em versão de "Death Is Not the End", canção de Bob Dylan. Publicações com The New York Times, NME e Melody Maker saudaram o registro como um dos melhores do ano e Cave, sempre dado às sombras da indústria cultural, viu seu nome indicado ao prêmio de Melhor Artista Masculino e o clipe de "Where the Wild Roses Grow" em alta rotatividade, inclusive liderando os Top Ten, na emissora musical. Desconfortável com a natureza competitiva do evento, Cave redigiu uma carta. Em linhas gerais, agradecia o suporte que lhe fora oferecido pela MTV até ali, a atenção dispensada ao disco, aos duetos, e a execução generosa do clipe, mas pedia que sua indicação fosse retirada da premiação. Àquela e outras que pudessem vir no futuro. “Minha música é única e individual. Ela vai além dos reinos habitados por aqueles que querem reduzir as coisas a simples medições. Não estou competindo com ninguém”, escreveu ele. “A relacão que tenho com a minha ‘musa’ é delicada, e sinto que é meu dever protegê-la de influências que podem ofender sua natureza frágil”, continua. Eis aqui a íntegra do escrito. É uma ótima leitura.
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