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Xico Sá e o jornalismo

TRABALHO,TRABALHO NOVO,TRABALHO

O jornalista é o único animal do planeta que quanto mais avança a tecnologia mais o desgraçado trabalha. Isso é o que mais perturba e intriga. Agora mesmo, sábado, 17h40, e eu em cima dessa máquina.

Todos evoluíram com os tempos modernos e novos sistemas. Até o burro do campo, se livrou do arado pré-histórico.

Nós, muito pelo contrário, aumentamos a nossa carga: fazemos o jornal, atualizamos o blog, perguntamos e ao mesmo tempo filmamos o entrevistado... Cobramos escanteio, corremos para cabecear e no percurso entre a bandeirinha do córner até a pequena área ainda mandamos uma informação no Twitter aos seguidores das obsessivas páginas virtuais.

Lembro bem o dia que apareceu o primeiro computador nas redações. Além do susto de alguns tiozinhos, o entusiasmo dos mais jovens: agora vamos diminuir as jornadas. Qual o quê. Com a internet, pior ainda, viramos processadores multiuso, centrífugas, chupa-cabras de textos e notícias.

O pior: o furo, essa mercadoria de luxo dos jornais, agora gira na velocidade do minuto a minuto. Parem as máquinas, quero meu furo -com 24 horas de vida, pelo menos- de volta.


Surrupiei d'O Carapuceiro do cabra.

Comentários

Nielson Alves disse…
tenho muita sede em fazer jornalismo,
mais experimentando da sua água dita,
percebi que esse turbilhão de coisas parece com a vida.
O jornalismo nós aproxima da vida, e das tragédias pessoais rs,rs,rs
nielson alves
rodrigo carneiro disse…
é isso, nielson! o jornalismo e suas condições, como a vida, nos destratam vez por outra, mas a gente gosta, não é? reportemos, editemos, o troço todo, abs.

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