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Danzig e o cruzado de direita



O velho Glenn Danzig nunca foi um cara chegado a sutilezas. Isso fica claro neste clipe, bregão e muito legal, de "She Rides". Claro, já o conhecia dos tempos em que cantou no Misfits (o período no Samhain só vim a saber depois, na verdade), mas minha iniciação à banda Danzig propriamente dita foi em 1990, com os dois discos lançados até então, Danzig I (1988) e Danzig II: Lucifuge (1990). O inusitado encontro sonoro de Elvis Presley, Jim Morrison, Wolverine, blues, magia negra, cacoetes góticos e do metal algo satanista fez todo o sentido para mim na época.

Ah! Alguém aí foi no show do grupo no Olympia em 1995? Lembro que um sujeito gigantesco ficou o tempo todo insultando o cantor na fila do gargarejo. Uma hora e pouquinho depois de xingamentos, Danzig saltou do palco, deu um cruzado de direita no cidadão e sumiu em direção ao camarim. Não teve bis. Só sangue.

Me pergunto, desde o episódio, a razão que leva alguém a sair de casa, pagar ingresso e ficar folgando com artista.

Post inspirado por uma conversa com meu brodaço André Satoshi.

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