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Belo programa


Dia desses, no Facebook, Cláudio Medusa lembrou de ‘Marc”, programa televisivo apresentado por Marc Bolan. Veiculado pela emissora inglesa Granada, durante o outono de 1977, o semanal era composto de números musicais – gente como Thin Lizzy, Roger Taylor (Queen), Hawkwind, The Jam, Generation X e Eddie and the Hot Rods -, coreografias cometidas por dançarinas e aparições maravilhosamente afetadas de Bolan – em algumas delas, na companhia do T. Rex. Um esplendor que durou apenas seis episódios. O apresentador perderia a vida num tolo acidente automobilístico naquele ano. Na edição derradeira, David Bowie divulga a novíssima “Heroes” e retorna, de guitarra em punho e óculos escuros, para uma jam session com o amigo. Com os créditos sendo exibidos na parte inferior da tela, Bolan, todo caras e bocas, tropeça no degrau do cenário e não canta. Eles riem à beça e o programa termina. Incrível.

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Escovinha ou função, um breve estudo sociológico

'Back in black' (1986), do Whodini; “I’m a ho!” é a quarta faixa do álbum Dia desses, no Facebook, o amigo Neco Gurgel postou uma música do Whodini, a clássica “I’m a ho!”. Nos bailes black de periferia, o refrão da faixa era conhecido e sobretudo cantado como “Desamarrou (e não amarrou)”. Paródias do tipo eram bastante comuns naqueles tempos, final dos anos 1970, começo dos 1980. Na tradução marota da rapaziada, o funk "Oops upside your head", da Gap Band, por exemplo, ficou informalmente eternizada como "Seu cu só sai de ré". Já “DJ innovator”, de Chubb Rock, era “Lagartixa na parede”- inclusive gravada, quase que simultaneamente, por NDee Naldinho, em 1988, como “Melô da lagartixa”. A música do Whodini, lançada em 1986, remete a um fenômeno que tomou as ruas do centro de São Paulo, e periferias vizinhas, antes da cultura hip hop se estabelecer de fato: o escovinha, também chamado de função. Em “Senhor tempo bom”, de 1996, os mestres Thaíde & DJ Hu