Capa do livro escrito por Edson Luís Rosa sobre Miro de Melo
“Aos 51 anos de idade, estou parecendo um adolescente feliz”, me diz Miro de Melo. Não é pra menos, o músico é tema da biografia “Miro de Melo, 30 anos de rock – A trajetória musical do baterista do 365 e Lixomania” (Editora Sinergia), escrita por Edson Luís Rosa, cujo coquetel de lançamento acontece na próxima quarta-feira, 27, no Finnegan's Pub (Rua Cristiano Viana, 358, Pinheiros), em São Paulo, às 19h. Formado em 1979, o Lixomania é da primeira geração do punk rock brasileiro e o 365 - fundado em 1983 -, autor de “São Paulo” e da regravação de “Grândola, Vila Morena”, hino da Revolução dos Cravos, ocorrida em Portugal, no ano de 1974. Bom, com a palavra, o biografado.
1 - São três décadas de rock’n’roll profissionalmente falando, não? Qual a sua primeira lembrança como aficionado pelo gênero?
Sim, 30 anos, acredite se quiser. Eu era office boy no centro de São Paulo, aí vi um disco do AC/DC [“If You Want Blood You've Got It”, de 1978]. O guitarrista Angus Young estava uma guitarra fincada no estômago. Aquela capa aguçou meu instinto pelo rock. Logo depois vieram os shows punk pela periferia e as bandas. Fiquei tão viciado que até hoje não consigo largar (risos).
2 – Como surgiu a ideia de escrever o livro e qual o papel de Edson Luís Rosa para que ela fosse viabilizada?
A ideia surgiu de uma conversa com um amigo em comum. Ele me disse que fazia tantos anos que eu estava na estrada, tocando e compondo, que minha trajetória merecia ser contada. E me aconselhou a procurar alguém disposto a fazer isso. O Edson, que acompanha o Lixomania há tempos e é um grande conhecedor de música, era o nome mais indicado.
3 – No decorrer da escrita, você tinha acesso ao material produzido?
Eu passei algumas coisas para o Edson e dei total liberdade para que ele desenvolvesse o projeto. Não queria interferir no trabalho. Fiz uma revisão antes da impressão e achei muito legal. É um livro bem pra cima. Uma motivação para a rapaziada que está começando agora.
4 – Quais os depoimentos dos entrevistados te chamaram mais a atenção?
Gostei de todos. Me emocionei com vários. Faz bem ao ego saber, pelos outros, que a gente é querido. E é considerado por eles honesto e digno. Os relatos são de pessoas superimportantes dentro da cultura nacional.
5 – Qual é a sensação de visitar a própria trajetória. Houve episódios dos quais você não gostaria de abordar, mas, ainda sim, estão no livro?
Estou muito feliz com os resultados obtidos. O livro está em todas as livrarias do Brasil e, graças a Deus, eu estou vivo para receber tamanha homenagem. É lindo. Eu não consigo enxergar o que seriam pontos negativos num projeto tão vitorioso e de tanto sucesso.
6 – Tanto o Lixomania quanto o 365 estão em plena atividade. Devidamente reconhecidas por suas respectivas contribuições à cultura punk/pós-punk. Isso é uma conquista, né?
Sim, é algo que não tem preço. A certeza que, de certa forma, eu e meus amigos das bandas deixamos algo verdadeiro e sincero para as pessoas. Isso é uma grande realização.
7 – Quais outros personagens do rock brasileiro que você gostaria de ver retratados em biografias?
Gostaria de ler as biografias dos caras que me influenciaram dentro da música e do movimento. Caras que têm histórias de luta, de garra, de perseverança. Figuras que não desistiram nunca. Gente como Clemente Nascimento [dos Inocentes e da Plebe Rude], Redson (1962 - 2011), do Cólera, e Kid Vinil, por exemplo.
“Aos 51 anos de idade, estou parecendo um adolescente feliz”, me diz Miro de Melo. Não é pra menos, o músico é tema da biografia “Miro de Melo, 30 anos de rock – A trajetória musical do baterista do 365 e Lixomania” (Editora Sinergia), escrita por Edson Luís Rosa, cujo coquetel de lançamento acontece na próxima quarta-feira, 27, no Finnegan's Pub (Rua Cristiano Viana, 358, Pinheiros), em São Paulo, às 19h. Formado em 1979, o Lixomania é da primeira geração do punk rock brasileiro e o 365 - fundado em 1983 -, autor de “São Paulo” e da regravação de “Grândola, Vila Morena”, hino da Revolução dos Cravos, ocorrida em Portugal, no ano de 1974. Bom, com a palavra, o biografado.
1 - São três décadas de rock’n’roll profissionalmente falando, não? Qual a sua primeira lembrança como aficionado pelo gênero?
Sim, 30 anos, acredite se quiser. Eu era office boy no centro de São Paulo, aí vi um disco do AC/DC [“If You Want Blood You've Got It”, de 1978]. O guitarrista Angus Young estava uma guitarra fincada no estômago. Aquela capa aguçou meu instinto pelo rock. Logo depois vieram os shows punk pela periferia e as bandas. Fiquei tão viciado que até hoje não consigo largar (risos).
2 – Como surgiu a ideia de escrever o livro e qual o papel de Edson Luís Rosa para que ela fosse viabilizada?
A ideia surgiu de uma conversa com um amigo em comum. Ele me disse que fazia tantos anos que eu estava na estrada, tocando e compondo, que minha trajetória merecia ser contada. E me aconselhou a procurar alguém disposto a fazer isso. O Edson, que acompanha o Lixomania há tempos e é um grande conhecedor de música, era o nome mais indicado.
3 – No decorrer da escrita, você tinha acesso ao material produzido?
Eu passei algumas coisas para o Edson e dei total liberdade para que ele desenvolvesse o projeto. Não queria interferir no trabalho. Fiz uma revisão antes da impressão e achei muito legal. É um livro bem pra cima. Uma motivação para a rapaziada que está começando agora.
4 – Quais os depoimentos dos entrevistados te chamaram mais a atenção?
Gostei de todos. Me emocionei com vários. Faz bem ao ego saber, pelos outros, que a gente é querido. E é considerado por eles honesto e digno. Os relatos são de pessoas superimportantes dentro da cultura nacional.
5 – Qual é a sensação de visitar a própria trajetória. Houve episódios dos quais você não gostaria de abordar, mas, ainda sim, estão no livro?
Estou muito feliz com os resultados obtidos. O livro está em todas as livrarias do Brasil e, graças a Deus, eu estou vivo para receber tamanha homenagem. É lindo. Eu não consigo enxergar o que seriam pontos negativos num projeto tão vitorioso e de tanto sucesso.
6 – Tanto o Lixomania quanto o 365 estão em plena atividade. Devidamente reconhecidas por suas respectivas contribuições à cultura punk/pós-punk. Isso é uma conquista, né?
Sim, é algo que não tem preço. A certeza que, de certa forma, eu e meus amigos das bandas deixamos algo verdadeiro e sincero para as pessoas. Isso é uma grande realização.
7 – Quais outros personagens do rock brasileiro que você gostaria de ver retratados em biografias?
Gostaria de ler as biografias dos caras que me influenciaram dentro da música e do movimento. Caras que têm histórias de luta, de garra, de perseverança. Figuras que não desistiram nunca. Gente como Clemente Nascimento [dos Inocentes e da Plebe Rude], Redson (1962 - 2011), do Cólera, e Kid Vinil, por exemplo.
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