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Ira! e Planet Hemp, grandes momentos do esporte

Em 2007, a MTV Brasil produziu a primeira temporada da série de programas “Discoteca MTV”. Músicos e jornalistas foram convidados a dar depoimentos a respeito de discos importantes do rock popular brasileiro. Chamaram a mim e eu escolhi dois álbuns para comentar: Vivendo e não aprendendo (1986), do Ira!, e Usuário (1995), do Planet Hemp. Independente do papel essencial dos registros na construção do ideário pop no Brasil, são discos que fazem parte da minha memória afetiva, trilhas sonoras de momentos de vida, creio eu, bastante felizes. Afinal, sobre o álbum do Ira!, fui ao mítico show de lançamento na Praça do Relógio, na USP, em São Paulo. Tinha ao meu lado uma figura que me encantava naqueles verdes anos e a extinta banda paulistana era uma das prediletas desde sempre. E acerca de Usuário, o ouvi ainda em versão pré-mixada no toca-fitas do carro do amigo e guitarrista Rafael Crespo, em companhia de Marcelo D2, durante uma célebre e babilônica estadia no Rio de Janeiro. Ninguém ali naquele veículo imaginava o que estava por vir. A quem interessar possa, falo bastante no episódio dedicado ao Ira!, já no referente ao Planet, um pouco menos. Mas isso é coisa lá da edição. Ou do que eu tenha dito, ou não dito. Enfim, grandes momentos do esporte.

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'Back in black' (1986), do Whodini; “I’m a ho!” é a quarta faixa do álbum Dia desses, no Facebook, o amigo Neco Gurgel postou uma música do Whodini, a clássica “I’m a ho!”. Nos bailes black de periferia, o refrão da faixa era conhecido e sobretudo cantado como “Desamarrou (e não amarrou)”. Paródias do tipo eram bastante comuns naqueles tempos, final dos anos 1970, começo dos 1980. Na tradução marota da rapaziada, o funk "Oops upside your head", da Gap Band, por exemplo, ficou informalmente eternizada como "Seu cu só sai de ré". Já “DJ innovator”, de Chubb Rock, era “Lagartixa na parede”- inclusive gravada, quase que simultaneamente, por NDee Naldinho, em 1988, como “Melô da lagartixa”. A música do Whodini, lançada em 1986, remete a um fenômeno que tomou as ruas do centro de São Paulo, e periferias vizinhas, antes da cultura hip hop se estabelecer de fato: o escovinha, também chamado de função. Em “Senhor tempo bom”, de 1996, os mestres Thaíde & DJ Hu