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Parceiros da noite

O que me comoveu muitíssimo na apresentação dos Mickey Junkies no Sesc Avenida Paulista, no sábado, 16, foram as pessoas. A cidade, em altas temperaturas, estava repleta de eventos culturais. Coala Festival, The Toy Dolls, os amigos do Hurtmold, entre diversas atrações, nos múltiplos endereços e palcos paulistanos. Do tablado, sob holofotes, observei uma gente que nos elegeu como parceiros da noite. Um povo interessado, estimulante sobremaneira. Houve uma troca bem bonita naquela sala do décimo terceiro andar do edifício - quatro andares acima, um mirante. Ao término do show, entre dedicatórias nos livros e discos, reencontros e cliques fotográficos, ouvi palavras revigorantes. Declarações sinceras de apreço. Manifestos explícitos de cumplicidade. Por essa forte experiência emotiva, agradeço. Foto: Anderson Rubbo

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Escovinha ou função, um breve estudo sociológico

'Back in black' (1986), do Whodini; “I’m a ho!” é a quarta faixa do álbum Dia desses, no Facebook, o amigo Neco Gurgel postou uma música do Whodini, a clássica “I’m a ho!”. Nos bailes black de periferia, o refrão da faixa era conhecido e sobretudo cantado como “Desamarrou (e não amarrou)”. Paródias do tipo eram bastante comuns naqueles tempos, final dos anos 1970, começo dos 1980. Na tradução marota da rapaziada, o funk "Oops upside your head", da Gap Band, por exemplo, ficou informalmente eternizada como "Seu cu só sai de ré". Já “DJ innovator”, de Chubb Rock, era “Lagartixa na parede”- inclusive gravada, quase que simultaneamente, por NDee Naldinho, em 1988, como “Melô da lagartixa”. A música do Whodini, lançada em 1986, remete a um fenômeno que tomou as ruas do centro de São Paulo, e periferias vizinhas, antes da cultura hip hop se estabelecer de fato: o escovinha, também chamado de função. Em “Senhor tempo bom”, de 1996, os mestres Thaíde & DJ Hu