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"Afetos sísmicos", a performance

Terminado o espetáculo deste sábado, 24, autografei exemplares de "Afetos sísmicos" e "Barítono", livros que deram origem à performance literomusical, concebida por mim e Paulo Beto, apresentada no Espaço Cênico do Sesc Pompeia, em São Paulo. Embora suba em palcos desde o século passado, me colocar em cena é sempre resultado de intensa negociação com a minha timidez. Sim, sou um pavão tímido (risos). Quando sentei à mesa de autógrafos, no saguão do espaço, minutinhos após deixar os holofotes - que trabalho incrivel o da iluminadora Cris Souto -, estava em órbita. Extremamente feliz, mas na bruma do tablado, ainda sob impacto dos aplausos da plateia. Agradável descompressão. Reafirmo os agradecimentos, sobretudo ao técnico de som Alex Pina, à produtora Belma Ikeda, à equipe do Sesc, à dulpa da tradução em libras e ao povo da editora Terreno Estranho. Foto: Érico Birds

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Escovinha ou função, um breve estudo sociológico

'Back in black' (1986), do Whodini; “I’m a ho!” é a quarta faixa do álbum Dia desses, no Facebook, o amigo Neco Gurgel postou uma música do Whodini, a clássica “I’m a ho!”. Nos bailes black de periferia, o refrão da faixa era conhecido e sobretudo cantado como “Desamarrou (e não amarrou)”. Paródias do tipo eram bastante comuns naqueles tempos, final dos anos 1970, começo dos 1980. Na tradução marota da rapaziada, o funk "Oops upside your head", da Gap Band, por exemplo, ficou informalmente eternizada como "Seu cu só sai de ré". Já “DJ innovator”, de Chubb Rock, era “Lagartixa na parede”- inclusive gravada, quase que simultaneamente, por NDee Naldinho, em 1988, como “Melô da lagartixa”. A música do Whodini, lançada em 1986, remete a um fenômeno que tomou as ruas do centro de São Paulo, e periferias vizinhas, antes da cultura hip hop se estabelecer de fato: o escovinha, também chamado de função. Em “Senhor tempo bom”, de 1996, os mestres Thaíde & DJ Hu