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Dormi no 7 a 1


Leio que no dia 08 de julho de 2014, há exatos seis anos, portanto, a seleção brasileira pentacampeã experimentou uma goleada de proporções inimagináveis: o famoso 7 a 1 diante da Alemanha no estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG), nas semifinais da Copa do Mundo – torneio realizado em solo pátrio, diga-se. Eu, que não assistia a um jogo de futebol desde 1982, me vi, ao mais completo acaso, frente a um aparelho de TV ligado. Na tela de plasma, os jogadores corriam atrás da bola, os narradores faziam seus comentários, a audiência, possivelmente, sofria e os patrocinadores anunciavam seus serviços. Lembro que, desatento, feliz, entediado, relaxado, não sei ao certo, dormi no sofá, durante quase toda partida, naquela cochilada típica dos abstraídos. Foi isso.

Foto: Agência Reuters 


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'Back in black' (1986), do Whodini; “I’m a ho!” é a quarta faixa do álbum Dia desses, no Facebook, o amigo Neco Gurgel postou uma música do Whodini, a clássica “I’m a ho!”. Nos bailes black de periferia, o refrão da faixa era conhecido e sobretudo cantado como “Desamarrou (e não amarrou)”. Paródias do tipo eram bastante comuns naqueles tempos, final dos anos 1970, começo dos 1980. Na tradução marota da rapaziada, o funk "Oops upside your head", da Gap Band, por exemplo, ficou informalmente eternizada como "Seu cu só sai de ré". Já “DJ innovator”, de Chubb Rock, era “Lagartixa na parede”- inclusive gravada, quase que simultaneamente, por NDee Naldinho, em 1988, como “Melô da lagartixa”. A música do Whodini, lançada em 1986, remete a um fenômeno que tomou as ruas do centro de São Paulo, e periferias vizinhas, antes da cultura hip hop se estabelecer de fato: o escovinha, também chamado de função. Em “Senhor tempo bom”, de 1996, os mestres Thaíde & DJ Hu