Pular para o conteúdo principal

Pais, filhos e discos


Com a generosidade que lhe é peculiar, Sandro Garcia me envia pelo correio “Nunca mais”, o quarto disco de seu Continental Combo. Mais uma das provas inequívocas do domínio de linguagem do sujeito que tem bandas como Momento 68 e The Charts no currículo. O padrão de qualidade ali é sempre muito alto. Sandro é um dos maiorais da música subterrânea brasileira. Novidade alguma. Há tempos bato nessa tecla. O pacote pardo vem turbinado de outros mimos: dois cartões postais, release e algo, de fato, surpreendente: a primeira edição do zine "Egg", repleto de desenhos da herdeira dele e da Consuelo Gregori Zuñeda. “Meu nome é Eleonora. Tenho 9 anos. Adoro monstros. Desenhar e costurar”, avisa a jovem na contracapa da publicação – acima dos dizeres, um crânio é observado por uma menina de braços cruzados. Que maravilha. E ainda na seara dos pais, filhos e discos, o amigo Olavo Rocha informa da disponibilidade do terceiro álbum d'Os Gianoukas Papoulas, “Olinka Stutz (Nós que nos amávamos tanto)”. “Com meu filho Pedro [Canales] no baixo, vai vendo a treta”, diverte-se o cantor e letrista – que também responde pelo Lestics. “Estamos meio boy band agora, haha”. Dez ótimas canções estão no registro. E as produções seguem. Ao modo Belchior, "tenho ouvido muitos discos, conversado com pessoas, caminhado meu caminho". É um ano terrível o de 2016. É um ano produtivo, auspicioso, o de 2016. Façamos música. Música e o que mais nos der um mínimo (máximo) de alento.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Ah, "Picardias estudantis"

Phoebe Cates: intérprete, entre outras, da inesquecível sequência da piscina Noite dessas, eu revi Picardias estudantis (1982), cujo título original, só pra constar, é Fast times at Ridgemont High . Não assistia ao filme, escrito por Cameron Crowe e dirigido por Amy Heckerling, há muitos anos e tive, claro, ótimos momentos diante da tela. Sobretudo por ter a produção um daqueles, como diria o rei Roberto, meus amores da televisão: a atriz Phoebe Cates. No papel da sensualíssima Linda Barrett, Cates, à beira da piscina, em seu biquíni vermelho, é uma das imagens mais encantadoras já produzidas em toda a história do cinema. Feito aqui o registro, voltemos à nossa programação normal.

Executivo e produtor, Marcos Maynard fala de rock, indústria fonográfica, processos e cores

O empresário Marcos Maynard durante encontro de mídias sociais em São Paulo. Foto: Ricardo Matsukawa/Terra Em 2011, fui sondado por uma revista para ser o redator de uma entrevista já feita por outro jornalista. Havia o registro de uma longa conversa entre o repórter e Marcos Maynard, ex-presidente de grandes gravadoras entre os anos 1980 e 2000 e, atualmente, dono do passe do Restart, do CW7, entre outras. Aceitei a encomenda. Entrei em contato com o colega de ofício, sujeito de quem sempre admirei o trato com as palavras, e combinamos dele me enviar o arquivo por e-mail. Ao chegar na minha caixa de mensagens, o link do dito cujo só apresentava os dois primeiros minutos de diálogo. Novo envio, mesmo erro. Tentamos outro desses serviços estrangeiros de compartilhamento. Nada. Fui à casa do jornalista – início de noite agradável, temos diversos amigos em comum, mas não nos conhecíamos pessoalmente. Ele salvou e me deu o material em pen-drive. Mas, de novo, lá estavam só os mesmos dois...