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"Gostaria de poder dizer que consegui copiar meus heróis Blind Lemon Jefferson e Lonnie Johnson e que me tornei um ótimo aluno. A verdade é que tentei imitá-los, mas não pude. Nunca consegui pegar o estilo deles. Não que suas técnicas fossem muito difíceis, mas eles eram tão únicos que não era possível imitá-los. Eu não me sentiria bem —nem convincente— como um falso Blind Lemon ou um Lonnie. Além disso, fazer blues não é pintar seguindo números ou unindo os pontos. Aprendi muito cedo que o blues só pode ser vivido."

Trecho extraído da autobiografia "B.B. King - Corpo e Alma do Blues" (Ática)

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Escovinha ou função, um breve estudo sociológico

'Back in black' (1986), do Whodini; “I’m a ho!” é a quarta faixa do álbum Dia desses, no Facebook, o amigo Neco Gurgel postou uma música do Whodini, a clássica “I’m a ho!”. Nos bailes black de periferia, o refrão da faixa era conhecido e sobretudo cantado como “Desamarrou (e não amarrou)”. Paródias do tipo eram bastante comuns naqueles tempos, final dos anos 1970, começo dos 1980. Na tradução marota da rapaziada, o funk "Oops upside your head", da Gap Band, por exemplo, ficou informalmente eternizada como "Seu cu só sai de ré". Já “DJ innovator”, de Chubb Rock, era “Lagartixa na parede”- inclusive gravada, quase que simultaneamente, por NDee Naldinho, em 1988, como “Melô da lagartixa”. A música do Whodini, lançada em 1986, remete a um fenômeno que tomou as ruas do centro de São Paulo, e periferias vizinhas, antes da cultura hip hop se estabelecer de fato: o escovinha, também chamado de função. Em “Senhor tempo bom”, de 1996, os mestres Thaíde & DJ Hu