Eu, ela, o cão e o affair redivivo - Rodrigo Carneiro

Harry Drumdini, Slim Chance, Lux Interior e Poison Ivy, 1997. Foto: Larry Hirshowitz

"Eu vivo, logo faço filmes. Filmo, logo vivo. Luz. Movimento. Faço filmes caseiros, logo vivo. Vivo, logo faço filmes caseiros." (Jonas Mekas)

Como previsto, o show de Bootsy Collins, testemunhado por mim neste sábado, 26, no Sesc Pompeia, em São Paulo, foi um acontecimento adorável. Além da performance do artista e de sua turma, o que mais me comoveu na noite foram as diversas saudações pela entrevista que fiz com o mestre, publicada na quinta-feira, 24, pelo jornal "Valor Econômico". As pessoas leram e embarcaram no batuque. Eis aí um troço de suma importância. Eu agradeço do fundo do coraçãozinho de pedra. Aliás, a bela jornalista Debora Pill, uma craque, me disse ter usado o texto como base para a edição mais recente do programa "Vitrola Livre" , que ela apresenta na Rádio UOL. Posto isso, já diria a canção de um certo Francisco, "foi bonita a festa, pá. Fiquei contente".

O músico e compositor Bootsy Collins, que apresenta-se no Brasil Conversei com Bootsy Collins e batuquei o texto "Bootsy Collins, um músico no ritmo de James Brown”, publicado na edição desta quinta-feira, 24, do jornal "Valor Econômico". Ei-lo aqui .

Segundo a minha lista no Scream & Yell, o já distante ano de 2012 foi, mais ou menos, assim .

Paul McCartney, Ringo Starr, George Harrison e John Lennon tietam Little Richard. Puta foto.

conivência co.ni.vên.cia sf (conivente+ia2) 1 Qualidade de conivente; cumplicidade. 2 Dir Espécie de cumplicidade, que consiste na abstenção propositada ou dissimulada de prevenir, obstar ou denunciar o ato delituoso, de cuja premeditação se teve conhecimento prévio. Estar de conivência com: estar conluiado ou acumpliciado com.

"Um passo à frente e você não está mais no mesmo lugar" (Chico Science)

Uma vez eu disse ao Mao, vocalista e letrista dos Garotos Podres, que achava "Subúrbio operário" um dos maiores temas do cancioneiro punk nacional. Contei ao autor que comprei "Pior que antes", segundo álbum da banda e do qual a faixa é integrante, assim que as primeiras cópias chegaram às lojas, lá pelos idos de 1988. Lembro do impacto causado pela audição e da identificação direta com o que estava sendo dito pelo quarteto. "Puta música triste. Que desesperança é essa, meu jovem?", me respondeu, aos risos, o Mao, grande figura.

"Tem muita gente no teatro que não é ator de verdade e usa o teatro para outros fins. Por sua vaidade, por seu poder, para o sexo." (Domingos de Oliveira, "Revista E", edição de janeiro de 2013)

Setlist de um dos shows da turnê sueca do The Clash, 1977.

"O impacto de 'Sem Destino' em seus criadores e na indústria como um todo foi nada menos do que sísmico. [Dennis] Hopper foi catapultado para o panteão das celebridades da contracultura, que incluía John Lennon, Abbie Hoffman e Timothy Leary. Vivia cercado de groupies e acólitos. Ele pode ter começado sozinho a descer pela escorregadia ladeira da megalomania e da grandiloquência, mas também teve um bocado de ajuda. A revista 'Life' chamou-o de "o diretor mais quente de Hollywood". Foi creditado por ter criado, sozinho, "o estilo de uma Nova Hollywood onde produtores usam colares de contas no lugar de alfinetes de gravata de diamante e queimam fumo em vez de mastigar Coronas". Juntamente com [Terry] Southern e [Peter] Fonda, Hopper foi indicado para o Oscar da Melhor Roteiro. O próprio Hopper credita a 'Sem Destino' o fato de ter colocado a cocaína no mapa dos hippies. "Eu sou o responsável pelo problema da cocaína nos Estados Uni...

Recluso, David Bowie, 66 anos completos hoje, manda notícias: "The next day" é o nome do disco que será lançado em março, "Where are you now?" dá nome ao primeiro single e Tony Oursler dirige o clipe.

Eis aqui a nova música do Suede, "Barriers". Aliás, que show aquele feito por eles no Planeta Terra do ano passado, não? Eu gosto muito.

Black Flag apresenta-se na garagem da casa de Mike Muir, do Suicidal Tendencies. Foto: Glen E. Friedman.

'As ideias são os sucedâneos dos desgostos.' Marcel Proust Vivo na espera da Ideia, a pressinto, a cerco, apodero-me dela, e não posso formulá-la, ela me escapa, não me pertence ainda: a terei concebido em minha ausência? E como, de iminente e confusa, torná-la presente e luminosa na agonia inteligível da expressão? Que estado devo esperar para que ela floresça e murche?" (E.M. Cioran, trecho de "Breviário de decomposição", 1949)

Apesar de um certo elogio ao ditador Mobutu Sese Seko (1930 – 1997) – entendamos o contexto histórico da canção -, a sonoridade de "Yuda", composta e gravada por Dackin Dackino, é irresistível. Zaire, hoje República Democrática do Congo, 1974.

Mais aqui .

"Faço parte da corrente old freak, com sede na casa da mãe joana." (Reinaldo Moraes, em entrevista concedida ao Jazz, not Jazz )

É daquele jeito, dizem. E eu, cá com os meus botões, quietinho, pergunto: mas, afinal, que jeito é esse?