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R.E.M. e a iniciação à internet



Eu já ouvira falar, bem por cima, em BBS, mas o primeiro comentário genuinamente sedutor a respeito da rede mundial de computadores foi proferido pelo meu amigo Zé Antonio Algodoal, guitarrista dos Pin Ups, em certa altura da primeira metade dos anos 1990. "Carneiro, a internet é algo realmente sensacional. Imagine que eu encontrei lá uma página com todas as letras do R.E.M.", comemorava ele. "Nossa, Zé, todas as letras mesmo?", surpreendi-me. "Pô, o negócio é bom mesmo, então", pensei, já devidamente convencido. Não sosseguei até a minha navegada inicial.

A propósito, há uma bela entrevista de Michael Stipe concedida dia desses ao "El País". Leia aqui.

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Escovinha ou função, um breve estudo sociológico

'Back in black' (1986), do Whodini; “I’m a ho!” é a quarta faixa do álbum Dia desses, no Facebook, o amigo Neco Gurgel postou uma música do Whodini, a clássica “I’m a ho!”. Nos bailes black de periferia, o refrão da faixa era conhecido e sobretudo cantado como “Desamarrou (e não amarrou)”. Paródias do tipo eram bastante comuns naqueles tempos, final dos anos 1970, começo dos 1980. Na tradução marota da rapaziada, o funk "Oops upside your head", da Gap Band, por exemplo, ficou informalmente eternizada como "Seu cu só sai de ré". Já “DJ innovator”, de Chubb Rock, era “Lagartixa na parede”- inclusive gravada, quase que simultaneamente, por NDee Naldinho, em 1988, como “Melô da lagartixa”. A música do Whodini, lançada em 1986, remete a um fenômeno que tomou as ruas do centro de São Paulo, e periferias vizinhas, antes da cultura hip hop se estabelecer de fato: o escovinha, também chamado de função. Em “Senhor tempo bom”, de 1996, os mestres Thaíde & DJ Hu